Impulsocontrate a Impulso

A falácia de que devemos nos colocar no lugar do outro

Toda semana, temos uma edição com conteúdos escritos e curados por Sylvestre Mergulhão, Karine Silveira e Rafael Miranda sobre Inovação, Liderança, Transformação Digital e Business Agility. Nessa semana, confira este artigo do nosso CEO Sylvestre Mergulhão.


Faz algum tempo que eu ouvi de uma pessoa a seguinte frase:

“Esse negócio de se colocar no lugar do outro é uma idiotice!”

Na mesma hora, sem qualquer controle de minha parte, meu cérebro automaticamente pensou: “gente, mas que audácia dessa pessoa… Ela vai mesmo dizer o contrário do senso comum correndo o risco de ser cancelada quase em rede nacional? Uhnnn, please, tell me more.”

E ela seguiu com um exemplo que, para mim, foi emblemático:

“Eu sou da elite, criada a ‘leite com pera’. Você acha realmente que eu teria capacidade de me colocar no lugar de homem negro de 25 anos, morador de favela carioca violenta? Essa pessoa já deve ter sido revistada por policiais das formas mais grosseiras por dezenas de vezes. Vivenciou conflitos, tumultos, tiroteios e, possivelmente, viu gente morrer na sua frente!”

“Desculpe, mas é ÍM-POS-SÍ-VEL qualquer um de nós aqui dizer que consegue se colocar no lugar desse cidadão. Não quer dizer que não possamos e devamos ter empatia com essa pessoa. Mas é simplesmente impossível dizer que temos como realmente sentir como é estar na pele dela.”

E, aí, nesse momento, eu tive que aplaudir de pé, mesmo que o locutor sequer estivesse me vendo e soubesse da minha existência.

Meses vão e vem e esse tema sempre me volta à mente. Quanto mais eu converso com pessoas e vou descobrindo suas histórias pessoais, mais eu percebo o quão diferentes são todas as pessoas entre si, mesmo para quem é muito próximo, como irmãos.

Então, enquanto líder, como ser empático e respeitar a história individual das pessoas, mas esquecendo essa balela de se colocar no lugar do outro? É a pergunta do milhão. Tem resposta. Só não é fácil.

Na verdade, é até fácil de falar. Difícil mesmo é fazer.

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Escuta ativa reduz conflitos com Thomas Brieu | Zenklub
Escuta ativa reduz conflitos com Thomas Brieu | Zenklubzenklub.com.br

Você sabe o que é escuta ativa? Esta edição do Zencast, podcast do Zenklub, trouxe um papo aprofundado sobre o tema com o especialista em escutatória Thomas Brieu.

That Burning Feeling When You’re Right | por Roy Rapoport (em inglês)
That Burning Feeling When You’re Right | por Roy Rapoport (em inglês)medium.com

Este artigo de Roy Rapoport fala do sentimento que se tem quando se está certo, e o perigo de, levado por este sentimento, esquecer-se de que é que “é inútil estar certo sem ser eficaz”.

“Se você se preocupar demais com o que os outros vão pensar de você, estará menos disposto a dizer o que precisa ser dito.”

Kim Scott

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