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É preciso ter coragem para ser mulher no mercado de trabalho

Toda semana, temos uma edição com conteúdos escritos e curados por Sylvestre Mergulhão, Karine Silveira e Rafael Miranda sobre Inovação, Liderança, Transformação Digital e Business Agility. Nessa semana, confira este artigo da nossa COO Karine (Kari) Silveira.


Eu não sou uma pessoa de revisitar momentos difíceis do meu passado, mas, um dia desses, saí de uma reunião com um dos meus times – time esse que tem mulheres tão maravilhosas e brilhantes… E me peguei relembrando um momento em que fui silenciada, simplesmente por ser mulher.

Aconteceu há muitos, muitos anos. 

Eu aguardava do lado de fora da sala em que eu teria uma reunião de entrega de resultados da minha área com o meu Diretor. ⏰

Enquanto aguardava, ouvia dentro da sala meu diretor aos gritos com uma colega minha.  Ele parecia espumar. Dela, só ouvia o silêncio. Eu não fiz nada, continuei ouvindo e respirei fundo. 

Fui covarde e me arrependo brutalmente por não ter entrado naquela sala.

Minha colega saiu transtornada e eu entrei. Respirei profundamente, engoli a raiva e apresentei os resultados, dados extraídos pelo time de Tecnologia, revisados mais de uma vez, em noites e mais noites de análises e preparações. 

Eu explicava, mas ele não entendia.

De repente, sacou o celular e pediu que o coordenador do time de Tecnologia (já trabalhamos juntos há uns 6 anos) fosse imediatamente para a reunião. Esse meu grande amigo foi de uma sensibilidade incrível para perceber que o Diretor queria ouvir um homem e não uma mulher. 

Foi pedido que tudo fosse explicado pelo meu amigo, que havia elaborado o relatório junto comigo. A resposta dada foi:

“Chefe, se o senhor não consegue entender os números explicados pela pessoa mais competente, dedicada e que sabe da porra toda [que é a Karine]… Não serei eu a me submeter a isso.”

Pediu licença e saiu da sala. Reunião encerrada. Saí sem olhar para trás. 

Cheguei na garagem, entrei no carro e tive a minha maior e única crise de choro, daquelas em que a gente não consegue nem respirar direito. Chorei de raiva, chorei por ter sido humilhada, chorei pela minha covardia.

Esse diretor foi demitido algumas semanas depois e eu também pedi demissão. Aquele lugar não refletia os meus valores.

Você deve estar se perguntando porque não simplesmente peguei minha bolsa e fui embora em muitos outros contextos semelhantes?

  • Existia uma cultura de não pedir demissão;
  • Naquele momento, eu ainda achava que a minha carreira era o local onde eu trabalhava; 
  • Eu tinha batalhado muito para chegar onde eu tinha chegado;
  • Não tive coragem suficiente para largar tudo e recomeçar.

Olho para trás e sei que poderia ter feito tudo diferente, mas não fiz. 

Fiz melhor! Construí a empresa que me representa e carrega os meus valores em seu DNA:

Liberdade

Autonomia

️ Melhoria Contínua

Confiança

❤️ Felicidade

Transparência

Auto-organização

Colaboração

Coragem

Awesomeness

Todos os dias eu me apaixono pela Impulso e pelas minhas pessoas porque aqui, verdadeiramente, eu sou quem eu sou e existe um espaço seguro para todas as minhas pessoas serem quem são também.

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O filme conta a jornada de três funcionárias negras da NASA – Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe) – que, além de provar sua competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado na instituição.

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O que não precisamos no meio das nossas batalhas é sentir vergonha de sermos humanos.

Brené Brown

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