Algumas empresas atrasam, de forma recorrente, o início de todas as suas reuniões em 10 minutos. É uma prática de rotina. Para algumas pessoas, começar uma reunião sempre 10 minutos atrasado é um insulto pessoal, um atentado contra o seu tempo.
Quem está certo ou errado? Não existe resposta.
As coisas são como elas são. Se as ações e os valores de uma pessoa ou empresa ferem profundamente os valores de uma outra pessoa, uma das duas vai acabar saindo ou sendo expulsa desse jogo.
Ainda assim, ambas podem participar de outros jogos onde esses valores não sejam feridos e as coisas podem funcionar, onde antes falhavam. Uma pessoa que não funcionou bem num determinado contexto dentro de uma empresa, pode funcionar muito bem numa outra empresa em outro contexto.
Não há nada intrinsecamente errado ou ruim nisso.
Como gestores, temos o papel de deixar transparecer quais são os valores, comportamentos e atitudes esperados na nossa organização para que fique mais fácil (apesar de nunca ser fácil) fornecer feedbacks claros e consistentes. É um desafio!
Qual gestor nunca teve contato com alguém que ficou surpreso num momento de desligamento? Se houve surpresa, houve falha nessa comunicação.
Mas, quais os limites extremos desses valores, comportamentos e atitudes que podem ser esperados numa relação? Esses são parâmetros impossíveis de serem definidos e limitados. E que bom! O mundo seria muito chato se fosse tudo igual e pasteurizado.
Para podermos seguir, enquanto humanidade, como indivíduos únicos, por definição, devemos julgar menos aquilo que nos é estranho, ou tóxico - para usar a palavra da moda. Essa classificação é apenas válida através das lentes dos nossos próprios olhos, mas não necessariamente dos demais.