Cuspe pro alto cai na testa

Toda semana, temos uma edição com conteúdos escritos e curados por Sylvestre Mergulhão, Karine Silveira e Rafael Miranda sobre Inovação, Liderança, Transformação Digital e Business Agility. Nessa semana, confira este artigo do nosso CEO Sylvestre Mergulhão.

Quem cospe pro alto normalmente em algum momento recebe o cuspe de volta na testa, já dizia meu avô.

O cara recebe uma pergunta sobre contratação de equipes tech remotas e, em 2022, ele me responde:

Pode até ser só pra criar polêmica, utilizar da velha técnica de marketing de criar um inimigo público para combater e ganhar uns cliques, mas não foi o que me pareceu. Me pareceu realmente uma crença genuína (e limitante) de que o trabalho remoto é um bico, apesar das inúmeras boas e grandes empresas que têm com sucesso construído um caminho no mundo 100% remoto. 

Mesmo gigantes mais antigas como Oracle trabalham com grandes equipes remotas e distribuídas pelo globo. Nesse caso, falo com conhecimento de causa. Tenho pessoas próximas que trabalham lá.

Conheci o funcionamento, perks, política para escolha de equipamentos, etc..

Não é difícil criar e fortalecer uma cultura com as pessoas trabalhando totalmente à distância. Mas o trabalho que precisa ser feito para isso é diferente do trabalho que precisa ser feito quando você está no mundo totalmente presencial. Não vou comentar hoje sobre a dificuldade extrema de manter uma empresa trabalhando em modo híbrido.

Usar a experiência do trabalho remoto da pandemia, onde as empresas não estavam preparadas para esse modo “diferente”, para justificar que o trabalho remoto não funciona é simplesmente ridículo. Coloque alguém que só dirigiu carro automático a vida toda para tentar andar num carro manual em 10 minutos e pergunte pra ele se ele acha que aquele carro funciona. Ele possivelmente dirá que aquele tipo de carro não funciona.

Se algum dos que me leem aqui hoje conhece pessoalmente esse cidadão, por favor, me coloca em contato por que eu preciso bater um papo com ele.