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Você tem conseguido transcender a gestão das atividades?

Toda semana, temos aqui uma edição com conteúdos escritos e curados por Sylvestre Mergulhão, Karine Silveira e Rafael Miranda sobre Inovação, Liderança, Transformação Digital e Business Agility. Mas deixamos uma semaninha de folga para eles e convidamos o Márcio Sena para escrever esta edição.

Boa leitura! 😉


Recentemente participei de um encontro realizado em nosso office, com líderes de tecnologia do Rio de Janeiro. Foi um happy hour recheado de boas conversas, partilha de experiências reais e desafios diários.

Num certo momento, foi proposto que cada um compartilhasse sua maior dor nesta função. Não foi difícil identificar em nossas falas o quanto nos parecemos e o quanto nos dói ter que passar dias, semanas ou meses sem escrever linhas de código.

Confesso que, tenho a sensação de estar vivenciando uma transição de carreira, já há 3 anos (sem data para acabar) e talvez esse seja o seu sentimento também. Depois de mais de uma década me especializando em desenvolvimento de software web e mobile, entregando features, resolvendo bugs, implementando melhorias e cobrindo o máximo com testes automatizados a cada semana.

Agora gasto a maior parte do meu tempo:

  • construindo e acompanhando PDIs para desenvolvimento de pessoas;
  • gerindo pessoas (1:1, feedbacks, revisão de remunerações);
  • mapeando e otimizando fluxos de trabalho;
  • alinhando expectativas dos stakeholders;
  • entrevistando novas pessoas…

O maior desafio

O que tem sido mais desafiador em toda essa jornada como CTO na Impulso é deixar o controle das micro atividades (exemplos: priorização dos épicos, escrita das histórias, análise da cobertura de testes) e atuar estrategicamente.

Transcender o controle diário da atividade é exercitar a confiança no time, sentimento que não é resultante da verbalização diária na frente de um espelho ou em calls com os integrantes do seu time.

É necessário atentar-nos para o fato de que:

  • Todas as vezes que assumimos responsabilidades de outras pessoas ou construímos processos em que sempre somos protagonistas, estamos enviando um recado muito claro de desconfiança. 
  • Quando micro gerenciamos as atividades, folgas e horários das pessoas também estamos enviando a mesma mensagem.

Construir esse sentimento é um processo que se inicia na contratação de profissionais responsáveis, passa pelos acompanhamentos de alto nível, à transparência dos feedbacks, até o alinhamento de expectativas entre todos os envolvidos.

Sinto que só a partir da superação do controle diário das atividades, conseguimos espaço para a atuação estratégica (necessária para toda pessoa num papel de liderança).

Ter espaço na agenda para se preocupar com as pessoas, provocar encontros estratégicos entre stakeholders, analisar mercado e indicadores para novos produtos e features, contribuir com a autoridade da empresa quanto a inovação, participar do rebrading e tantos outros assuntos, só é possível se de fato escolhermos confiar nas nossas pessoas para resolverem urgências reais.

“Meu nome é Márcio e hoje faz 16 dias que eu não escrevo uma linha de código.” Confesso que escrevi o rascunho deste texto numa tela dark mode para que eu fosse mais eficiente, espero ter conseguido ser eficaz também. 

Esse último só você poderá dizer nos dando um feedback.

Obrigado por chegar até aqui!

PARA SEGUIR, LER E AVANÇAR

Rafael Miranda (@oRafaelMira) | Twitter
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O Rafael Miranda, CRO e Co-fundador da Impulso tem compartilhado diariamente, no Twitter, dicas sobre como liderar com alta performance e alcançar resultados excepcionais, sem burnout. Vale a pena acompanhar!

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Este livro mostra como a Netflix construiu uma cultura que incentiva a transparência de informações, relações e a liberdade das pessoas na organização, estabelecendo esta lógica de priorização: pessoas acima de processos; inovação acima de eficiência e contexto em vez de controle.

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Neste artigo de 2018, Eduard Kim, fala sobre sua experiência como CTO da Gusto Engineering. É uma leitura bem interessante para quem está numa função de liderança e pretende abraçar, de fato, este papel e desempenhá-lo da melhor maneira possível.

Meu prazer agora vem menos das coisas que eu mesmo faço e mais do impacto que ajudei os outros a terem. Às vezes, você só vê isso depois de algum tempo, então obtém satisfação ao aprender a ver as coisas em um horizonte de tempo muito mais amplo.

Edward Kim

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